18 de fev. de 2010

Os Portos brasileiros no PAC - Programa de Aceleração do Crescimento

Os gargalos logísticos:
Investimentos em infraestrutura portuária e demais acessos pelos modais rodoviários e ferroviários devem ser coordenados e caminhar juntos.

O costumeiro "gargalo portuário" nada mais é do que uma visão curta e restrita de uma macrologística que deve ser avaliada ampla. Portos de forma reducionista não são gargalos em si mesmos, fazem parte de algo maior e complexo.

Etanol e granéis líquidos: integração de modais ferroviários e rodoviários.

Rodovias públicas pedagiadas e ainda antigas e sem ampliação e melhorias nos perímetros urbanos, ferrovias do tempo do Império (século XVIII) com bitolas métricas e com capacidade de carga e velocidade de ¹/³ das atuais ferrovias em bitola larga, viadutos e separação do tráfego veicular urbano do logístico, estes sim são os verdadeiros "gargalos" do sistema de transporte brasileiros. Sem falar das barreiras eternas para o desenvolvimento da navegação de cabotagem no Brasil.

Neste sentido vem o PAC-2:
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, visitou o Show Rural Coopavel em Cascavel, Paraná em 11/02/2010, quando se reuniu com o vice-governador do estado Orlando Pessuti, para falar sobre os trabalhos de preparação da segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

Bernardo disse que o PAC 2 ainda está em discussão e a participação dos estados nesse processo é fundamental.

“No PAC 1, o governo federal fez investimentos principalmente na área de logística, energia e um viés em infraestrutura urbana. Nesta segunda edição, vamos reforçar os investimentos em logística mas a prioridade será investimentos em hidrovias e ferrovias”, explicou o ministro.

Cargas com maior valor agregado aumentam renda do trabalho portuário e nacional.

O ministro disse ainda que os investimentos do governo federal nas obras de infraestrutura do setor portuário serão mantidas e ampliadas. “Todas as obras que o governo federal desenvolve, hoje, junto aos portos, irão continuar e veremos a possibilidade de integrar novas obras do Porto de Paranaguá.

Durante o primeiro semestre de 2010, vamos detalhar quais investimentos serão feitos”, explicou o ministro.

Projetos estratégicos:
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) já entregou ao governo federal suas propostas para integrar o PAC 2.

Os principais projetos são:
  • A melhoria na infraestrutura de acesso ao Porto de Paranaguá;
  • Remodelação e ampliação do cais do Porto Barão de Teffé, em Antonina;
Porto de Antonina: remodelação há muito esperada está nos projetos da APPA.
  • Ampliação e remodelação do cais do Porto de Paranaguá;
  • Construção de um Centro Cultural, no Porto de Paranaguá;
  • Instalação de infraestrutura para gerenciamento de resíduos contaminantes provenientes de navios e instalações; 
  • Construção do novo Silo Público Graneleiro.
Não se incluiu aí propostas para dragagem, pois são projetos que correm em separado: os portos do Paraná têm alocados R$ 50 milhões para aprofundamento dos seus canais de acesso com recursos do PAC-1, além do processo de aquisição da draga própria que está quase finalizado, após batalha judicial de competidor desclassifocado combinado com a má vontade setores do judiciário no apoio ao interesse público como se vê em liminares fáceis que são obtidas por quem quer atrapalhar o crescimento. Mas isto é outro tema para um post especial ...

Projetos parceiros e importantes aos portos do Paraná:
Porto de Antonina: projetos estruturantes à vista.

Foram propostos, ainda, para inclusão no PAC 2 os projetos de outros parceiros dos Portos do Paraná:

  • A ligação ferroviária entre Paranaguá e Engenheiro Bley, pela Ferroeste com apoio da Appa;

  • Construção de um trecho alternativo que se estende desde a sede do Porto de Antonina até a BR-277; 

  • A construção de um terminal marítimo de passageiros, pela Prefeitura de Paranaguá, com as proposições de modificações feitas pela Appa e Capitania dos Portos do Paraná e Associação Comercial.
Estes projetos combinados com outras ações com recursos próprios, colocarão os portos paranaenses (Paranaguá e Antonina) e patamar superior de competitividade.