21 de mar. de 2010

Antonina: trapiche turístico construído pela APPA apoiará turismo.

Title: Antonina city: touristic pier built by APPA supports tourism.


Entrada do trapiche: a festa é do povo, que agradece do governador.

Com uma visão de apoio comunitário, a administração dos Portos do Paraná deu um belo presente à Antonina em 16 Março deste ano: o novo Trapiche Municipal de Antonina.

A obra realizada pelo governo do Estado, por meio da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina - APPA e recursos do programa Paranacidade, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDU), devolve aos moradores da cidade litorânea um dos seus principais pontos turísticos totalmente remodelados e recuperados.
 
Vista geral da pracinha na ponta do trapiche.

De acordo com o governador do Paraná Roberto Requião, a obra soma-se a outras que incentivam a vocação turística do município. “Antonina readquire a condição de ‘Pérola do Litoral do Paraná’. O trapiche está uma maravilha junto com o Mercado Municipal com artesanato de primeira qualidade e restaurantes maravilhosos. A prefeitura o explora exemplarmente”, afirmou.

O trapiche, reaberto depois de um período de interdição por falta de segurança aos usuários, recebeu um investimento de R$ 473 mil. A área total de construção é de 735 metros quadrados.

Um novo espaço de lazer e convicência em Antonina. Inventivo ao turismo.

O espaço recebeu um deque de madeira novo, uma estação de passageiros dos barcos - que vão fazer passeios turísticos -, paisagismo e balcão de artesanato local e informações sobre Antonina e as ilhas do litoral.

O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Daniel Lúcio Oliveira de Souza, explicou que uma parceria com a Secretaria Municipal de Turismo de Antonina vai credenciar embarcações que vão fazer os passeios turísticos na baía e nas ilhas da região.
 
Interior do trapiche. Espaço para venda de artesanatos locais e informações turísticas.

“Eles atracarão aqui no trapiche e a manutenção da qualidade do serviço será de responsabilidade dos portos públicos do Paraná. Vamos trabalhar para manter este espaço, tão importante para a cidade, sempre funcionando da melhor forma possível”, afirmou.

O prefeito Carlos Augusto Machado destacou que o município tem uma parceria forte com o governo do Paraná em diversas ações de incentivo ao turismo, promoção da cultura local e desenvolvimento social das comunidades mais pobres.
 
O superintendente da APPA Daniel Lúcio, o diretor empresarial Luiz Alberto César e governador Requião na  inauguração.

“O trapiche era um grande anseio da nossa população”, destacou. “Ele nos enche de possibilidades para o turismo. Nossos pescadores podem conseguir uma renda extra como guias e barqueiros de passeios pelo Litoral a partir daqui. Outras ações, como o Siri de Portinho, promovem o artesanato e a culinária local.”

COMPLEXO TURÍSTICO - A secretária do Turismo e Cultura de Antonina, Greice Schmegel, explicou que a reforma e reestruturação do trapiche promovem o turismo na área reconhecida pela população como a mais bonita do município.

Segundo ela, o trapiche vai servir também para a exposição de trabalhos de artesãos locais, que se revezarão para a decoração do interior da estação de passageiros - um módulo construído bem no centro do elevado de atracação dos barcos.
 
Secretário Forte Neto, governador, prefeito Canduca e secretário Mussi: presentes à festa.

“A prefeitura está tratando este local como o maior espaço receptivo do município. Vamos promover o local, divulgar as opções daqui e cuidar da infraestrutura e logística para desenvolver cada vez a região”, acrescentou Greice.

O empresário Wilson Clio Filho dá um exemplo do que ações de promoção do turismo podem render aos municípios. Ele se instalou há oito meses em um dos boxes do Mercado Municipal, entregue em dezembro de 2007 pelo Governo do Paraná, e aposta em um crescimento de 100% no movimento de vendas com a revitalização do trapiche.
 
O povo aplaude a obra.

“O trapiche está lindo. Antonina teve o privilégio de receber este projeto do Governo. Este local estava degradado e agora certamente voltará a despertar o interesse dos turistas”, avaliou.

Para a APPA, o trapiche turístico traz consigo um simbolismo na recuperação do porto de Antonina, composto pelo antigo terminal Barão de Tefé, que será vocacionado a outros empreendimentos e o Terminal da Ponta do Félix, que com cargas gerais liberadas para sua operação, além dos tradicionais produtos frigorificados, vai atrair mais operações e atracações de navios. A dragagem já autorizada pela APPA em execução, recuperará os calados perdidos, retomando a movimentação em bons níveis suficientes para geração de renda na comunidade.

A recuperação da autoestima da cidade ajudará a recuperação da atividade portuária de uma cidade que chegou a ser o segundo porto do Brasil em movimentação de cargas no início do século 20.
 
Fonte:ASSCOM/APPA e autor.

19 de mar. de 2010

75 anos do Porto de Paranaguá: Empresários querem despolitização das discussões portuárias

Title:  Port of Paranaguá 75th anniversary: Businessmen demands for non-politics in ports management

Cerimônia no cais do porto: O superintendente da APPA, o prefeito de Paranaguá e o Capitão dos Portos CMG Rios

Como se não bastassem os tribunais de contas estaduais e federais, assembléias legislativas, os conselhos de autoridades portuárias - CAPs, a ANTAQ que é a legítima fiscalizadora dos portos brasileiros, a SEP – Secretaria Especial de Portos da Presidência da República além das infinitas "autoridades" que surgem como relâmpagos à frente dos administradores de portos, os chamados 'intervenientes', surgem agora outros candidatos a “fiscais de beira de cais”: os vereadores!

Legalmente eleitos para fiscalizarem atos dos prefeitos dos cerca de 5.000 municípios brasileiros, além de deverem buscar atender as demandas das populações e suas carências sociais, estes novos “fiscais” do cenário portuário têm se arvorado em “legítimos” representantes da população para “assuntos portuários”.

Presidente da ACIAP Yahia Hamud e o superintendente da APPA Daniel Lúcio O. de Souza

Não é fácil a vida de administradores de portos e ao mesmo tempo de autoridades portuárias. Santos, Rio Grande, Rio, Vitória, Paranaguá e outros portos têm estes ilustres “fiscais” na lista de intervenientes nos assuntos portuários.

Em Paranaguá, a indignação empresarial, especialmente aqueles ligados diretamente às atividades portuárias, foram manifestadas junto a ACIAP – Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá.

Plenário de diretores da ACIAP reunido para comemorar os 75 anos do Porto de Paranaguá

Executivos de empresas que operam no Porto de Paranaguá defenderam a despolitização dos assuntos relacionados à atividade e aos investimentos na área portuária por entenderem que essa deve ser uma discussão técnica em busca do desenvolvimento do setor e da economia do município, Estado e País.

Para os empresários, as perspectivas de movimentação recorde este ano – 42 milhões de toneladas - poderiam ser ainda melhores, não fosse os empecilhos colocados por motivações de cunho “politiqueiro”, que vão contra o interesse coletivo.

Yaha Hamud falando na reunião de diretores da ACIAP, ladeado (dir.) pelo superintendente da APPA.

A manifestação dos empresários se deu durante reunião na ACIAP, na noite de 17 de Março último, ocasião em que a entidade prestou homenagem ao Porto de Paranaguá, pelo aniversário de 75 anos, e em reconhecimento ao trabalho da atual Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina.

“O posicionamento da diretoria da Associação Comercial de Paranaguá é de reconhecer o bom trabalho que vem sendo desenvolvido pela Appa e defender a continuidade desse trabalho, em nome das conquistas obtidas até agora e da harmonia que existe em nosso meio”, afirmou o presidente da Acipa, Yahia Hamud.

Equipe da APPA, vice-prefeito de Paranaguá Fabiano Elias (esquerda de Yaha Hamud), Cláudio Daudt presidente da Terminais Cattalini (entre Yaha Hamud e Daniel Lúcio). Na extrema direita Juarez Moraes superintendente do TCP.

O diretor-superintendente da Cattalini Terminais Marítimos, Cláudio Daudt, reconheceu o esforço da autoridade portuária para colocar em prática projetos estratégicos para o crescimento do Porto de Paranaguá, destacando as dificuldades que a iniciativa privada tem em desenvolver ações semelhantes por esbarrar em questões burocráticas e de “interesse duvidoso”.

“Somos um grupo de cinco ou seis empresários que temos mais de 400 milhões de reais retidos por absurdos porque não são por questões ambientais”, afirmou Daudt, lembrando que esses investimentos representariam a geração de aproximadamente 500 empregos diretos.

O superintendente da Appa, Daniel Lúcio Oliveira de Souza, participou da reunião da ACIAP como convidado e teve a oportunidade de expor para a classe empresarial as ações da autarquia que estão em andamento e buscam o desenvolvimento dos portos de Paranaguá e Antonina. “É para este público que eu tinha que dar satisfação para que despolitizemos temas que devem ser tratados de forma técnica” apontou.

Souza pontuou projetos como o de remodelação do cais já homologado pelo Governados do Estado e prestes a iniciar, do novo silo público graneleiro, da compra da draga própria e de realocação de milhares de moradores da Vila Becker, com a doação de 400 casas.

Falou, também, sobre os projetos que a APPA encaminhou à Secretaria Especial de Portos (SEP) para serem incluídos no PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) como contribuição para melhorias no município.

É o caso da construção do terminal de passageiros e de remodelação das vias de acesso à Paranaguá e outras que podem ter a participação da APPA em uma fantástica contribuição à relação porto-comunidade.

Depois de sua exposição, o superintendente recebeu várias manifestações de apoio dos empresários. Eles defendem a união da classe empresarial e o trabalho em parceria com a Administração dos Portos para fortalecer a logística de exportação e importação do Paraná.

Vista geral da cerimônia dos 75 anos do Porto de Paranaguá: Marinha do Brasil presente, tal como em 1935 com a 1a. atracação inaugurada pelo navio-escola "NE Almirante Saldanha".


Espera-se que as centenas de intervenientes nas atividades portuárias, que travam e engessam a logística portuária nacional, objeto de diversos fóruns e seminários que tratam do tema, não ganhem mais uma miríade de colegas a “fiscalizar” os portos brasileiros: vereadores!

Para eles: uma boa fiscalização dos atos dos seus prefeitos, que é seu papel constitucional e como assim exige a população, seria o mínimo que poderiam fazer para retribuirem os votos recebidos (além dos dinheiros). Ou será que não têm interesse em “atrapalhar” seus queridos prefeitos?

8 de mar. de 2010

Movimentação 2010: Porto de Paranaguá com alta de 41,7%

Title: Inputs and outputs 2010: Port of Paranaguá increases 41.7%

Os portos paranaenses (Paranaguá e Antonina) apontam para uma nova quebra de recorde de movimentação de cargas, sejam nas exportações como nas importações.

Estima-se de forma conservadora, chegar-se a 42 milhões de toneladas, o equivalente a 50% do Porto de Santos, o maior do Brasil.

A volta das importações de fertilizantes em 2010, poderá chegar a 8 milhões de toneladas, superando os 7,5 milhões de 2007, o que acrescentaria mais de 2,5 milhões aos 5,5 de 2009, quando o mercado foi varridos pela crise.

Mais de 3 milhões de toneladas de soja grão e farelo, a crescimento do açúcar e a volta do milho após a safrinha de julho (especialmente a do Mato Grosso do Sul), colocará no final de 2010, Paranaguá de volta ao topo de maior porto graneleiro da américa Latina.

1º BIMESTRE 2010  - O desempenho das operações pelo Porto de Paranaguá, nos dois primeiros meses de 2010, sinaliza um ano promissor para o comércio internacional.

A movimentação de cargas teve um aumento de 41,77% em relação ao total movimentado no mesmo período do ano passado. Segundo levantamento preliminar do Setor de Estatística da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), em todos os segmentos, o resultado foi positivo, o que reafirma o potencial do porto paranaense como segundo maior complexo multicargas do Brasil.

Carga geral: crescimento em 2010, especialmente açucar em sacas que produz mais trabalho avulso na beira do cais.

As operações com carga geral no Porto de Paranaguá tiveram crescimento de 36,75% no primeiro bimestre deste ano, na comparação com igual período de 2009. Desempenho semelhante tiveram os granéis sólidos, registrando alta de 41,32%.

Nas movimentações de granéis líquidos, o aumento foi ainda mais expressivo: 56,76%. No entanto, foi o segmento de veículos que apresentou o melhor resultado: as operações de embarque e desembarque cresceram 128,35%. A movimentação de contêineres também apresentou crescimento de 10,28%.

De acordo com o superintendente da Appa, Daniel Lúcio Oliveira de Souza, a tendência é de que o desempenho da movimentação pelo Porto de Paranaguá, tanto de saída como de entrada de cargas, mantenham patamares elevados de crescimento no decorrer deste ano. “O desempenho positivo não é resultado, apenas, de um cenário mais favorável na economia mundial. Os investimentos realizados nos últimos anos nos dão uma posição privilegiada de competitividade”, apontou.

Operações de movimentação de automóveis: voltando a crescer em 2010 após recessão mundial de 2008 e 2009.

EQUÍVOCO - Isso demonstra que a informação de que o porto paranaense tem deficiência na infraestrutura, conforme matéria veiculada domingo (7) pelo jornal Gazeta do Povo, não retrata a realidade, acrescenta a direção da Appa.


INVESTIMENTOS RESULTAM EM CRESCIMENTO - Um dos mais recentes investimentos realizados pelo governo do Estado, por meio da Appa, foi a dragagem no Canal da Galheta, que dá acesso aos portos de Paranaguá e Antonina.

Foram investidos R$ 29,3 milhões no projeto de dragagem, que devolveu ao canal a profundidade de, pelo menos, 15 metros em seis quilômetros de extensão, permitindo que a Capitania dos Portos do Paraná restabelecesse o calado de 12,5 metros para navegação.

Os resultados dessa intervenção puderam ser percebidos já no final de 2009. Em janeiro deste ano, 181 navios acessaram o Porto de Paranaguá, sendo que 28% tinham capacidade de carga superior a 45 mil toneladas.

Os dados de fevereiro sobre a movimentação de embarcações ainda não estão consolidados, mas o que se observa com o início do embarque da safra, é a atracação de um número expressivo de grandes navios graneleiros.

Embarques de grãos 2010: um novo recorde à vista.

OTIMISMO NO MERCADO - Para o gerente-geral da Companhia Brasileira de Logística S/A (uma das principais exportadores de grãos por Paranaguá), Washington Viana, a programação de embarcações, com capacidade para 60 mil toneladas, para atracar no Porto de Paranaguá é um indicativo de que o complexo dispõe de infraestrutura marítima para atender os grandes navios graneleiros e, também, de que haverá um crescimento forte nos embarques de grãos este ano, principalmente, da soja.

Viana estima um crescimento de 30% nas exportações de soja pelo Porto de Paranaguá. Segundo ele, o aumento de 20% nos embarques se daria pelo acréscimo no volume carregado pelos navios que, antes da dragagem, não deixavam o porto com carga plena. Os 10% restantes seriam um aumento em função da recuperação da demanda externa e da estimativa de safra recorde.

Açúcar à granel: o novo ouro branco das commodities internacionais. Preço do álcool (etanol) sobe no mercado interno em razão da elevação das exportações do açúcar.

A expectativa, segundo Viana, é de que haja, inclusive, uma inversão dos prêmios em relação ao Porto de Santos, isto é, as bonificações dadas pelos armadores (donos dos navios) poderão ser mais vantajosas em relação ao complexo paulista, considerando a melhor infraestrutura marítima e logística. “Isso vai depender de termos uma produtividade boa no decorrer do embarque da safra. Portanto, temos que trabalhar bem nossa logística interna de porto”, afirmou o executivo.

Pátio de veículos da Volkswagen no porto de Paranaguá: retomada das operações em 2010.

NOVO RECORDE EM 2010 - Os portos do Paraná podem quebrar novo recorde, este ano, superando as 38 milhões de toneladas movimentadas em 2007. Em 2008, as exportações e importações pelo complexo paranaense somaram 33 milhões de toneladas e, no ano passado, mesmo em meio à crise mundial, movimentou 31,4 milhões de toneladas.

A expectativa segundo o superintendente da Appa é de que o Porto supere a casa das 40 milhões de toneladas e amplie para, pelo menos, 10% sua participação na balança comercial brasileira.

Fonte: ASSCOM APPA e comentários do autor. Fotos Rodrigo Leal.