O Governo Federal lançou neste mês de junho o maior programa de investimentos em infraestrutura logística da história do país. É forte e vigoroso em todas as áreas: rodovias, ferrovias, aerovias, hidrovias e portos.
Algo como R$ 198 bilhões é o montante previsto para tudo o que está no programa. É um número impressionante até para países de primeiro mundo, pois US$ 64 bilhões é de fazer inveja a qualquer um.
As coisas começarão acontecer já em 2015. O jogo dos grandes players do setor já começou com o anúncio do megapacote, que entrará em 2016 já de forma acelerada, gerando oportunidades para bons empregos, renda de salários e para os empreendedores que se beneficiarão com serviços que vão desde a construção civil de novos terminais, alugueis de máquinas, manutenção, engenharias especializadas e o comércio regional.
Mas vamos falar do que nos interessa mais de perto: Portos.
Quase 20% do valor do pacote de investimentos logísticos é estimado para novos terminais portuários, atuais instalações arrendadas que receberão mais investimentos e novas áreas e instalações que serão ofertadas para arrendamentos.
O que chama a atenção positivamente, são os 63 novos terminais de uso privativos (TUP) prometidos por investidores privados, dispostos a um aporte de R$ 14,7 bilhões em 16 estados brasileiros.
No Paraná, a surpresa vem de Pontal do Paraná. O projeto da multinacional SubSea7 é ressuscitado e aprovado, o que trará um investimento de R$ 107 milhões e empregos qualificados.
A empresa, enfim, terá a outorga para construir sua base de apoio marítimo às plataformas offshore que exploram petróleo dos campos do Pré-Sal. Tem como desafio superar a questão ambiental local, mas já é uma notícia importante para os empreendedores e profissionais do litoral do Paraná.
No Bloco 2 para 2016, os atuais portos de Paranaguá, Itaqui, Santana, Manaus, São Sebastião, Suape, Aratu, São Francisco do Sul, Rio de Janeiro e também Santos, oferecerão 21 terminais para novos arrendamentos.
No caso específico de Paranaguá, a Antaq junto com a Appa (Administração dos Portos), abrirão seis áreas para licitação para terminais de várias atividades e produtos: grãos, celulose, açúcar, fertilizantes e veículos.
Assim, a soma de investimentos em terminais portuários em Pontal do Sul e Paranaguá ultrapassará R$ 1 bilhão, o que impulsionará uma nova fase logística regional.
Este ano 2015 deve estar sendo de muito trabalho pra SEP – Secretaria Especial de Portos da Presidência da República e sua coligada Antaq – Agência Nacional de Transporte Aquaviário. Cabe a eles a análise dos estudos e projetos técnicos, elaborarem os editais de licitação, e realizarem as concorrências públicas em si. Isto fará que entremos em 2016 com muitas licitações sendo disputadas, homologadas e contratadas. E os vencedores? Deverão fazer esta máquina entrar em operação depois dessa fase administrativa e legal.
Serão decisivos os para escolha das propostas vencedoras menor tarifa ao usuário, melhor proposta técnica, maior movimentação de carga (tonelagem ou TEUs), maior investimento financeiro e maior valor proposto pela outorga.
Mas o que importa é que o jogo está posto, o desenho de novos terminais, sua distribuição geográfica nacional que integrando-se aos demais modais, mudará a cara da logística do Brasil:
Seria exagero dizer que: É agora ou nunca?!