Cá com os meus botões e com as experiências que a vida me proporciona, fico lendo e acompanhando debates intermináveis e repetitivos sobre as alternativas econômicas que buscam para o litoral do Paraná.
Sinceramente, me parecem coisa de amadores e eternos profetas do paraíso, com um agravante: nunca é cumprido. Fiz parte de muitos destes debates, me sentia impotente com a falta de objetividade de grande parte dos atores envolvidos.
As discussões sobre investimentos de três grandes projetos em Pontal do Sul é um replay de pelo menos dez anos, em alguns casos, trinta! As alternativas portuárias para Antonina não saem do papel. Paranaguá está chegando a um esgotamento: gargalos urbanos, ferrovia antiquada, acessos comprimidos pela urbanidade, logística interna monopolizada e por aí vai. Sem falar na retroárea transformada em parque florestal pelos conflitos ambientais que travam seu desenvolvimento.
E as praias?
Bem, em minha opinião o litoral tem que se livrar da “síndrome da temporada” e do que chamam de “turismo” para ser um novo espaço geográfico de desenvolvimento sustentável do Paraná.
Ora, discutíamos em 2007 na Appa um aeroporto de cargas e alternativa para os fechamentos do aeroporto de São José dos Pinhais/Curitiba. Raramente no litoral temos neblina, e aviões cargueiros poderiam integrar-se a uma estrutura de multimodalidade logística com os portos e ferrovias. Esta última no plural, pois a Ferroeste (empresa estadual ferroviária) desenvolveu um projeto, onde a Appa entraria junto, abrindo uma nova via de Curitiba a Paranaguá em trilhos com bitola larga, moderna e com maior capacidade de carga e velocidade, ao invés da nossa atual ferrovia inaugurada com as marias-fumaça da Princesa Isabel ainda no império.
O litoral do Paraná deveria competir economicamente e de forma sustentável com Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e por aí vai... Onde as praias e infraestrutura turística compartilham seus espaços de forma limpa e ecologicamente sustentável com outras atividades econômicas, como: portos, aeroportos, estaleiros, terminais de movimentação logística.
Em pleno século 21, temos tecnologias para integrar de forma harmoniosa a natureza e a atividade humana. Afinal, esse papo de “salvar o planeta” está em desuso no mundo civilizado, pois a Terra não acabará pela mão do homem, e sim a própria espécie.
O que não se aceita, são os “pitacos” genéricos de qualquer um que se auto intitula especialista em meio ambiente e quem vai pro atraso e marginalidade nas cidades do litoral são as pessoas.
Impressionante a favelização em Guaratuba, Matinhos, Praia de Leste, Pontal... Sem falar nas antigas mazelas de Paranaguá e Antonina.
Estive na China em 2009, e hoje sou um fã dos chineses. Decisão com visão estratégica de interesse de Estado e pronto! Lá é construído um novo porto, aeroporto, pontes, conjuntos residenciais populares passando o trator em antigos pardieiros.
Mas, por aqui, nosso entendimento de democracia é absurdamente confundido com libertinagem, politicagem e demagogia barata, que impede qualquer decisão definitiva de velhos problemas.
Vamos construir a ponte de Guaratuba-Matinhos? Isto possibilitaria integrar a região do litoral ao dinamismo da economia norte catarinense. Faria com que os portos paranaenses pegassem carona na sinergia vizinha e brigasse pelas cargas industriais catarinenses. “Eles” levam a carga industrial do Paraná para seus portos com facilidade, afinal, é só “descer a serra pela BR-376”, e nossos portos podem dar o troco? Não! O caminho inverso e depois descer com pedágio pela BR-277 onera em tempo, energia e dinheiro.
E a BR-101 que simplesmente “pula” o litoral paranaense?
Então, os catarinenses agradecem aos ambientalistas paranaenses por esta trava logística.
Enquanto ficamos nesse interminável “reme, reme...” de discursos e notícias produzidas pelas assessorias de imprensa que transformam o virtual em capital eleitoral, aqui na vida real a marginalização social, o inchaço demográfico e as taxas de criminalidade no nosso litoral só crescem.
Assim, em minha opinião:
O litoral tem saída sim. A região deve reivindicar a implantação de empreendimentos de infraestrutura viária, indústrias e de serviços como é feito nas demais regiões do Paraná. Tem que focar em suas potencialidades econômicas além do turismo sazonal e passageiro e em definitivo, integrar-se às regiões vizinhas num raio de 150 quilômetros que alcance Joinville, São Francisco do Sul, Itapoá, Guaratuba, Matinhos, Pontal, Paranaguá, Antonina e Região Metropolitana de Curitiba.
Temos que parar de viver de favores políticos e tomar as rédeas de seu destino. Por isso, vamos ficar de olho nas propostas dos candidatos a prefeitos na região em 2012.
Essa é a minha opinião!
Sinceramente, me parecem coisa de amadores e eternos profetas do paraíso, com um agravante: nunca é cumprido. Fiz parte de muitos destes debates, me sentia impotente com a falta de objetividade de grande parte dos atores envolvidos.
Estaleiros: Muitos projetos pelo Brasil, enquanto que no Paraná as coisas andam lentamente.
As discussões sobre investimentos de três grandes projetos em Pontal do Sul é um replay de pelo menos dez anos, em alguns casos, trinta! As alternativas portuárias para Antonina não saem do papel. Paranaguá está chegando a um esgotamento: gargalos urbanos, ferrovia antiquada, acessos comprimidos pela urbanidade, logística interna monopolizada e por aí vai. Sem falar na retroárea transformada em parque florestal pelos conflitos ambientais que travam seu desenvolvimento.
E as praias?
Bem, em minha opinião o litoral tem que se livrar da “síndrome da temporada” e do que chamam de “turismo” para ser um novo espaço geográfico de desenvolvimento sustentável do Paraná.
Ora, discutíamos em 2007 na Appa um aeroporto de cargas e alternativa para os fechamentos do aeroporto de São José dos Pinhais/Curitiba. Raramente no litoral temos neblina, e aviões cargueiros poderiam integrar-se a uma estrutura de multimodalidade logística com os portos e ferrovias. Esta última no plural, pois a Ferroeste (empresa estadual ferroviária) desenvolveu um projeto, onde a Appa entraria junto, abrindo uma nova via de Curitiba a Paranaguá em trilhos com bitola larga, moderna e com maior capacidade de carga e velocidade, ao invés da nossa atual ferrovia inaugurada com as marias-fumaça da Princesa Isabel ainda no império.
Com Jean-Michel Cousteau (2009), ao fundo Fabrizio Pierdomenico (SEP - Secretaria de Portos - Presidência da República: Meio-ambiente não é sinônimo de estagnação econômica. "O maior predador ambiental é a miséria."
O litoral do Paraná deveria competir economicamente e de forma sustentável com Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e por aí vai... Onde as praias e infraestrutura turística compartilham seus espaços de forma limpa e ecologicamente sustentável com outras atividades econômicas, como: portos, aeroportos, estaleiros, terminais de movimentação logística.
Em pleno século 21, temos tecnologias para integrar de forma harmoniosa a natureza e a atividade humana. Afinal, esse papo de “salvar o planeta” está em desuso no mundo civilizado, pois a Terra não acabará pela mão do homem, e sim a própria espécie.
O que não se aceita, são os “pitacos” genéricos de qualquer um que se auto intitula especialista em meio ambiente e quem vai pro atraso e marginalidade nas cidades do litoral são as pessoas.
Impressionante a favelização em Guaratuba, Matinhos, Praia de Leste, Pontal... Sem falar nas antigas mazelas de Paranaguá e Antonina.
Estive na China em 2009, e hoje sou um fã dos chineses. Decisão com visão estratégica de interesse de Estado e pronto! Lá é construído um novo porto, aeroporto, pontes, conjuntos residenciais populares passando o trator em antigos pardieiros.
Mas, por aqui, nosso entendimento de democracia é absurdamente confundido com libertinagem, politicagem e demagogia barata, que impede qualquer decisão definitiva de velhos problemas.
Vamos construir a ponte de Guaratuba-Matinhos? Isto possibilitaria integrar a região do litoral ao dinamismo da economia norte catarinense. Faria com que os portos paranaenses pegassem carona na sinergia vizinha e brigasse pelas cargas industriais catarinenses. “Eles” levam a carga industrial do Paraná para seus portos com facilidade, afinal, é só “descer a serra pela BR-376”, e nossos portos podem dar o troco? Não! O caminho inverso e depois descer com pedágio pela BR-277 onera em tempo, energia e dinheiro.
E a BR-101 que simplesmente “pula” o litoral paranaense?
Então, os catarinenses agradecem aos ambientalistas paranaenses por esta trava logística.
Enquanto ficamos nesse interminável “reme, reme...” de discursos e notícias produzidas pelas assessorias de imprensa que transformam o virtual em capital eleitoral, aqui na vida real a marginalização social, o inchaço demográfico e as taxas de criminalidade no nosso litoral só crescem.
Assim, em minha opinião:
O litoral tem saída sim. A região deve reivindicar a implantação de empreendimentos de infraestrutura viária, indústrias e de serviços como é feito nas demais regiões do Paraná. Tem que focar em suas potencialidades econômicas além do turismo sazonal e passageiro e em definitivo, integrar-se às regiões vizinhas num raio de 150 quilômetros que alcance Joinville, São Francisco do Sul, Itapoá, Guaratuba, Matinhos, Pontal, Paranaguá, Antonina e Região Metropolitana de Curitiba.
Temos que parar de viver de favores políticos e tomar as rédeas de seu destino. Por isso, vamos ficar de olho nas propostas dos candidatos a prefeitos na região em 2012.
Essa é a minha opinião!
Publicado no jornal CORREIO DO LITORAL
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