Artigo publicado pelo site PORTOGENTE em 28/12/2011, de autoria de Bernardo Moreira*, adaptado e comentado pelo autor deste blog.
Estamos iniciando no Brasil o que poderíamos classificar como um "Círculo Virtuoso". Variáveis e combinações macroeconômicas, somadas a uma 'janela demográfica' positiva que durará cerca de 15 anos, na qual a população econômicamente ativa está no pico de sua produtividade.
Não bastassemos ser definitivamente o grande celeiro global com nossas commodities e proteínas dos rebanhos técnicamente bem conduzidos, nosso agronegócio se somará às explorações de petróleo e gás da camada Pre Sal que mal começamos a explorar.
Estaleiros cheios de pedidos de supply-boats e plataformas de petróleo dão mostra do que toda a cadeia deste setor já começa a ser positivamente impactada.
Mas o tema desta postagem é a demanda aquecida por técnicos e profissionais da área de petróleo e gás, tal como os marítimos mercantes, já começam a faltar no mercado de trabalho, potencializando um apagão profissional na área, que já começa ter que importar profissionais.
Vamos ao artigo:
O cenário para o mercado de Petróleo e Gás nos próximos cinco anos é bastante positivo. O início das operações do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), previsto para ocorrer em 2012, e a descoberta da província do pré-sal, localizada em águas profundas (entre cinco mil e sete mil metros abaixo do nível do mar), tornaram o setor um dos mais atraentes e promissores do país. As recentes descobertas geram expectativas de o Brasil se tornar um dos principais produtores mundiais do petróleo no futuro. Como reflexo desse crescimento, o setor já enfrenta um aumento da demanda por mão de obra especializada e por profissões que até então não eram tão demandas.
Não bastassemos ser definitivamente o grande celeiro global com nossas commodities e proteínas dos rebanhos técnicamente bem conduzidos, nosso agronegócio se somará às explorações de petróleo e gás da camada Pre Sal que mal começamos a explorar.
Estaleiros cheios de pedidos de supply-boats e plataformas de petróleo dão mostra do que toda a cadeia deste setor já começa a ser positivamente impactada.
Mas o tema desta postagem é a demanda aquecida por técnicos e profissionais da área de petróleo e gás, tal como os marítimos mercantes, já começam a faltar no mercado de trabalho, potencializando um apagão profissional na área, que já começa ter que importar profissionais.
O cenário para o mercado de Petróleo e Gás nos próximos cinco anos é bastante positivo. O início das operações do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), previsto para ocorrer em 2012, e a descoberta da província do pré-sal, localizada em águas profundas (entre cinco mil e sete mil metros abaixo do nível do mar), tornaram o setor um dos mais atraentes e promissores do país. As recentes descobertas geram expectativas de o Brasil se tornar um dos principais produtores mundiais do petróleo no futuro. Como reflexo desse crescimento, o setor já enfrenta um aumento da demanda por mão de obra especializada e por profissões que até então não eram tão demandas.
Será preciso um grande número de profissionais para suprir este segmento. A expectativa é que deverão ser criados mais de 200 mil empregos diretos e indiretos relacionados ao petróleo nos próximos cinco anos, em todos os níveis - médio, técnico e superior -, de acordo com o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Promimp).
O Estado do Rio concentra 80% da produção de petróleo, e grande parte do mercado de trabalho para esta área está na Bacia de Campos, no litoral norte fluminense, onde fica a maior reserva de petróleo do país. Atualmente, estão em operação nesta bacia mais de 400 poços de óleo e gás, 30 plataformas de produção e existem 3.900 quilômetros de dutos submarinos. As principais ofertas de trabalho estão concentradas também na cidade de Santos, em São Paulo. Além disso, há procura por profissionais na Bahia, Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Amazonas. É preciso ainda contar com profissionais suficientes e devidamente capacitados para serem empregados na construção de 5 refinarias até 2014, incluindo as do Comperj, e 28 plataformas até 2017. Isso sem contar todos os equipamentos que serão necessários para as futuras operações.
*Bernardo Moreira é sócio de auditoria da área de Petróleo e Gás da KPMG no Brasil.