Publicado simultaneamente no jornal eletrônico CORREIO DO LITORAL, que este blogueiro escreve na sua coluna "É minha Opinião":
No
que a nova lei beneficia os portos regionais
No dia 16 de maio de 2013, foi enfim aprovada
pelo Congresso Nacional a nova Lei dos Portos. Confirmou-se com algumas
modificações, a chamada Medida Provisória nº 595 que em dezembro de 2012 a
presidente Dilma baixou e nós comentamos algumas vezes aqui no blog.
Podem-se falar tudo deste novo marco regulatório
portuário, menos que ele seja um retrocesso ou vá causar desemprego e outros
blá blá blás.
Quero resumidamente e em linguagem de bate-papo de amigo,
mostrar os avanços e as mentiras que estavam por aí nas redes sociais, na mídia
e até nos calorosos debates na câmara e no senado federal.
A nova lei permite a imediata legalização do porto de
Itapoá e Portonave em Navegantes, ambos em Santa Catarina e viabiliza o porto
de Pontal do Sul que o Grupo João Ribeiro pretende construir. Isto porque a lei
anterior de 1993, portanto lá se vão 20 anos, não permitia que portos
construídos em terrenos e investimentos privados pudessem prestar serviços para
terceiros. Agora pode, mediante autorização da União, representada pela
Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP).
Só esta possibilidade, desata centenas de projetos
espalhados pelo Brasil afora, inclusive para portos fluviais pelo interior do
país que passarão utilizar nosso potencial hidroviário. O surgimento de dezenas
de terminais privados movimentando cargas, abrirá oportunidade de milhares de
empregos e serviços das mais variadas especialidades.
A oposição, os desinformados e os apologistas do
apocalipse, chamaram a nova MP de “privatização dos portos”. Ora, me pergunto:
Privatizar terrenos de particulares que construirão seus terminais com dinheiro
deles mesmos? É uma mentira das grandes.
Além disso, privatizar o que ainda não existe? Privatizar
o que já é privado?
Outros contrariados são governadores que não são da base
governista federal e que possuem portos em seus estados. Exemplos: Paranaguá,
Antonina, São Francisco do Sul, Itajaí, Imbituba.... Só pra ficar no Paraná e
Santa Catarina.
Assim, esvazia-se a corrida política habitual para a
captura da “jóia da coroa” que sempre foi as administrações dos portos.
A chiadeira foi grande e muita gente já estará
desinteressada a partir de hoje, em continuar a ocupar cargos em portos, por
razões óbvias. Fiquemos de olho...
A nova lei manteve a reserva do mercado de trabalho no
cais público: Estivadores, arrumadores, conferentes, vigias de navios e
trabalhadores de bloco, além de manterem as guardas portuárias atuais com o
poder de vigiar e manter a segurança dos portos públicos.
Portanto, as greves e conflitos sindicais que ocorreram
meses atrás estão plenamente atendidos pela nova lei: pacificaram-se os portos.
Ora, achar que o Tesouro federal tem dinheiro sobrando
pra fazer obras e prestar serviços portuários com funcionários públicos, seria
um retrocesso que nem a China, que é um gigante econômico gerido por um partido
comunista, não tem mais interesse em fazer. É ultrapassado, não funciona e
atrasa o desenvolvimento do país, pra desespero do falecido Mao Tsé Tung.
O novo comunismo chinês é muito inteligente: Ao invés de
construir e administrar o porto concede-o para empresários privados e fica
sócio do lucro. Depois, o distribui para a sociedade em forma de serviços
públicos. Alguns no Brasil ainda pensam de forma antiga. Acorda Brasil!
Em Paranaguá e Antonina, cerca de duas dezenas de
terrenos e instalações com contratos vencidos irão à leilão através de
Brasília. Novos terminais e armazéns sairão de locais onde hoje está coberto
por mato e escondem ratos (de todas as espécies...). Milhares de empregos,
maior movimentação de cargas, transportes, refeições industriais, o mercadinho
da esquina, todos serão beneficiados pela onda de investimentos privados que
ocorrerá.
Em Pontal do Sul, estão abertas as possibilidades de um
novo terminal de contêineres, estaleiros e outras obras privadas em áreas
particulares que lá existem. Itapoá, Joinville e até Guaratuba se quiserem,
seus terrenos à beira das baías poderão ser transformados em pequenos terminais
portuários particulares. É só pedir autorização ao poder concedente, que é a
União Federal.
Então, que seja bem vinda a nova lei portuária. Viva os
portos do Brasil!
É a minha opinião.