26 de mai. de 2015

O Brasil está em "Crise"?

Não, não estamos em “crise” econômica.
Até porque esta atual geração sequer tem ideia do que seja uma crise econômica profunda e verdadeira.
No final de 2014 chegamos a uma taxa de desemprego de 5,5% da população adulta em idade legal de trabalhar, é que chamamos em economia de PEA – População Economicamente Ativa. Neste primeiro trimestre de 2015 o desemprego deu um pique pra cima: chegou a mais de 7% das pessoas adultas, então a luz amarela acendeu por todos os cantos.
Quais as causas?
São diversas: O Brasil não é uma ilha. Está entre as 10 maiores economias do mundo. Até a locomotiva Chinesa desacelera, compra menos, e todos sofrem o impacto disso, pois hoje num mundo chamado de economia globalizada, tudo está conectado.
Menos exportações, produção, receitas, atividades logísticas e por aí vai.
Com isso, a arrecadação de impostos cai, os orçamentos públicos de governos, o Federal, Estaduais e dos mais de 5 mil municípios do Brasil são reduzidos, se ajustando à menor atividade do comércio, indústrias e empresas em geral. É o chamado “ajuste fiscal”.
Mas, isso não é “crise”, utilizada por uma grande e velha mídia com seus interesses políticos e partidários. Sem falar de políticos que aproveitam a parada econômica mundial pra faturar com discursos demagógicos para consumo interno de pessoas simples, ingênuas e crentes de boa fé.
Um país com um desemprego de 7% não está em crise. A poderosa Europa tem uma média de 12,5% de desempregados entre seus adultos. A Espanha, Grécia, Portugal e muitos outros, cerca de 25% dos pais e mães de família vivem dos auxílios-desemprego. Entre os jovens de 20 a 30 anos, esse percentual pula dramaticamente pra mais de 40% de desocupados.
Nos Estados Unidos, a maior potência econômica do globo, está com um desemprego médio de 6%, mas tem alguns estados que supera em muito a nossa média.
Não pode estar em inflação “descontrolada”, um país de que fechará 2015 com uma inflação anual por volta de 6%. Não esqueçamos que no início do século, lá pelo ano 2000, chegamos a ter uma inflação anual de 20%.
Lá pelo mês de março de 1990 (lá se vão 25 anos!…), batemos todos os recordes de inflação mundial: 82% no mês!…. Vou repetir: 82% NO MÊS DE MARÇO DE 1990!.
Hoje discute-se e querem o ‘impeachment’ da Presidente Dilma Rousseff por meros 0,4% ao mês, o que dará uns 6% no final de 2015. Não é incrível?
A taxa de desemprego nos anos 2000 estava na casa de 20% dos trabalhadores, da mesma forma que o dólar americano ultrapassou R$ 4,00 em dezembro 2002.
Mas, como a memória é curta e o tempo passa, hoje a mídia prega uma “crise” com o dólar estar na média de R$ 3,00 neste início de 2015, menos de 25% do que 13 anos atrás!
O Brasil hoje tem suas contas externas em situação invejável, temos reservas internacionais (dinheiro em moedas fortes) de mais de 370 bilhões de dólares e somos o 5o. maior credor dos Estados Unidos da América, você sabia?
Sim! Somos CREDORES dos títulos de Tesouro dos EUA do Mr. Barack Obama. Em nossas reservas, que é uma espécie de “poupança dos países”, somos portadores de parte da dívida externa dos gringos. Somos superados apenas por países como China, Japão, Singapura e Alemanha.
Hoje não devemos nenhum centavo ao FMI – o famoso e duro Fundo Monetário Internacional: É o contrário. O Brasil é quem tem dinheiro depositado lá pra ajudar quem precisa…. Já usamos muito o dinheiro do Fundo até 2002, lembra-se? Se não, é porque você tem menos de 30 anos.
Temos uma das maiores reservas de petróleo, cobiçado pelas petroleiras estrangeiras: O Pré-Sal.
Estas reservas, já produzem cerca de 800 mil barris de petróleo por dia, ou seja, um terço dos 2,4 milhões que o país produz.
Portanto, nenhum economista estrangeiro chamaria nosso ano de 2015 de “crise econômica”, achariam engraçado e ririam muito.
Estamos sim em um ano de ajuste de contas públicas para adequar-se à queda de atividade que a indústria e comércio exterior sofrem com a desaceleração mundial. As festas dos governos estaduais e municipais com dinheiro público acabou. Estão aí as greves de professores e outras categorias de servidores públicos. É a prova que é o sistema público inchado e ultrapassado é que faliu e necessita cirurgia urgentemente!
Sim, 2015 está sendo duro. Há para 2016 melhor cenário, e retomada do desenvolvimento e renda em 2017. São meus colegas economistas de grandes instituições que preveem.
Então levantemos a cabeça e vamos enxotar os urubus políticos de mal agouro…. xô coisa ruim!
Um otimismo com pé no chão e olhar pra frente é o que recomendo. Só depende de nossa gente.
É a minha opinião!