O susto da OGX – a primeira
petroleira brasileira privada
No final do 1º semestre de 2012 as ações da petroleira brasileira OGX
tiveram dias de pânico nas bolsas de valores brasileiras. Chegaram a
desvalorizar-se 40% devido à comunicação truncada ao mercado, sobre as vazões
comerciais dos dois poços que está iniciando testes de produção no campo de
Tubarão Azul. Estariam, portanto, aquém das estimativas iniciais (18 mil barris
por dia).
Mudança de diretores da petroleira privada
brasileira controlada pelo nosso mega-empresário Eike Batista ficou com a
imagem extremamente danificada, colocando em risco seu grupo empresarial e sua
capacidade de entregar aquele que prometeu aos investidores que apostaram nos
seus projetos.
Ficamos apreensivos com o comprometimento do
nascente pólo de apoio ao Pré Sal que está sendo desenvolvido em Pontal do Sul,
município de Pontal do Paraná pela multinacional Techint Engenharia e
Construção.
Mas, no início de julho de 2012, grande parte das perdas com as quedas sucessivas das ações da OGX foram gradualmente sendo recuperadas, chegando a superar com ganhos de 11% sobre as cotações anteriores à crise, trazendo alívio ao exército de trabalhadores, micro e pequenos
empresários que estão direcionando seus projetos de vida pessoais e
empresariais para a região.
Afinal, estimam que durante a vida útil do campo de
Tubarão, serão retirados 110 milhões de barris. Fazendo uma conta simples,
podemos dizer que reservas valem US$ 1 trilhão, e aguardam por Eike e seus sócios!
Iniciando a fabricação das
plataformas de petróleo
A Techint Engenharia e Construção deu início (junho de 2012) a construção de duas plataformas de petróleo em Pontal do Paraná para a exploração do pré-sal. A empresa prevê investimento de R$ 1 bilhão no projeto, com a geração de 10 mil empregos diretos e indiretos.
Segundo o
diretor-presidente da Techint, Roberto Vidigal, a unidade paranaense da empresa
deverá operar por pelo menos 20 anos para atender a área do Pré Sal. “É uma oportunidade para todo o povo do
Paraná. Teremos aqui atividades contínuas como o treinamento de mão de obra e a
atração de pequenas empresas que se somarão a todo o processo”, disse.
A multinacional
italiana vai construir e montar as plataformas fixas de petróleo WHP-1 e WHP-2.
Cada uma delas terá 26 mil toneladas e capacidade para a perfuração de 30
poços. Serão gerados mais de 2,5 mil empregos diretos e 7,5 mil indiretos. As
plataformas foram encomendadas pela OSX Brasil S/A, empresa de petróleo do
grupo do empresário Eike Batista, dedicada a engenharia naval e tem como principal cliente a coligada OGX.
Plataformas de gás-petróleo tipo WHP: Pontal do Sul passa a ser novo pólo de desenvolvimento.
Para a construção das
plataformas, a Techint investiu cerca de R$ 300 milhões na modernização da
unidade que mantém em Pontal do Paraná desde a década de 80. Houve ampliação da
área útil do canteiro, que passa de 140 mil para 200 mil metros quadrados, e a
construção de um cais de 300 metros.
O espaço recebeu uma nova estação de tratamento de
esgoto; escola técnica para capacitação interna de funcionários e melhoria na
infraestrutura de acesso.