9 de set. de 2008

O RIO DE LA PLATA opera no porto de Paranaguá

Title: 'Rio de La Plata', the Hamburg Süd full container carrier scales port of Paranaguá


O Porto de Paranaguá, no Paraná, recebeu pela primeira vez em toda sua história o maior navio de contêiner em operação na costa brasileira. O Rio de La Plata, da armadora Hamburg Süd, no TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá), no dia 9 de maio de 2008(sexta-feira).
Isto demonstra que a discussão de dragagem é apaixonada e sem uma clareza técnica, pois este grande navio operou sem problema.
Assim, fica claro que um full container tem demandas diferentes que um navio graneleiro ou tanque
Mesmo com a necessidade de dragar, o porto de Paranaguá continua batendo recordes não só de movimentação de cargas como de tamnho de navios que lá operam.
Com capacidade para 5,9 mil TEUs e 1,365 mil plugs para contêineres frigoríficos, o Rio de La Plata conseguiu uma autorização especial expedida pela Marinha do Brasil, por meio da Diretoria de Portos e Costas e a Capitania dos Portos do Paraná para atracar no Porto de Paranaguá.
De acordo com Michael Silva, diretor de operações da Hamburg Süd, pela estrutura da norma portuária atual, o navio, que tem 286,45 metros de comprimento, não poderia atracar em Paranaguá, cujo limite estabelecido pela Capitania dos Portos é de 285 metros.
“A atracação do Rio de La Plata será em caráter experimental, no prazo de um ano. Porém terá que cumprir com algumas exigências como: a manobra deverá ser realizada no período diurno, com condições favoráveis de mar e vento, e o navio terá que ser acompanhado por, pelo menos, dois rebocadores”, explica.
O Rio de La Plata foi entregue em março 2008, pelo estaleiro Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co. Ltd. (DSME) em Okpo, Coréia, e é o maior porta-contêiner da história da Hamburg Süd, sendo o primeiro de uma série de seis navios idênticos.
Segundo Silva, até o mês de dezembro, Paranaguá será escalado ainda pelos navios Rio de Janeiro e o Rio Negro, também com capacidade para 5,9 mil TEUs. “O porto paranaense, em 2008, receberá entre 8 e 9 escalas dos maiores navios em operação no Brasil, com uma expectativa de operação por escala de 850 a 900 contêineres”, afirma.
O Rio de La Plata será escalado para o serviço da Hamburg Süd na rota Ásia – Costa Leste da América do Sul por um curto período de tempo, antes de ser incorporado ao serviço na rota Europa – Costa Leste da América do Sul. Ele e seus cinco navios irmãos vão substituir gradualmente os navios “Monte”, que então vão ligar a Ásia com a Costa Leste da América do Sul.
Em Paranaguá, as principais cargas de exportação são compostas por autopeças, soja, madeira e compensados, frango congelado, carne bovina congelada e artigos de couro. Na importação, os destaques são produtos químicos, tecidos, equipamentos elétricos, brinquedos, autopartes, pneus e resinas.
“Paranaguá é um porto-chave, um dos poucos complexos portuários que mantém um equilíbrio nas cargas de exportação e importação”, completa. No dia 11 de maio (domingo), o Rio de La Plata seguiu viagem para o Porto de Santos. A rotação completa do navio é Xangai, Hong Kong, Cingapura, Tanjung Pelepas, Sepetiba, Santos, Buenos Aires, Rio Grande, Paranaguá, Port Elizabeth e Durban.
Dados técnicos do navio: O porta-contêiner tem capacidade de 80.455 tdw, sua capacidade dos contêineres chega a 5.900 TEUs, os Plugs para contêineres frigoríficos são de1.365, tem 286,45 metros de comprimento total, 273,45 metros de comprimento entre perpendiculares, 40,00 metros de largura, calado máximo de 13,50 metro, velocidade de 23 nós, e potência do motor principal chega aos 45.760 kW.
Perfil da Hamburg Süd - Fundada em 1871, a Hamburg Süd é um dos maiores grupos operando no transporte marítimo e está presente nas Américas, Europa, África, Ásia e Oceania, seja diretamente ou através de empresas coligadas. A Hamburg Süd, adquirida pelo Grupo Oetker no fim da década de 40, também é um dos maiores especialistas no transporte de cargas congeladas e refrigeradas com tecnologias inovadoras.
Paranaguá está na rota dos futuros navios série Santa da empresa, que terão 310 metros de comprimento, e entra na era dos post Panamax. Assim, mais importante do que as profundidades dos canais de acesso, serão as larguras para que as curvas e manobras sejam seguras. Os navios estão cada vez mais longos, e proporcionalmente com menos calado: vide o novo Cana do Panamá, que será outro tema deste espaço.
Fonte: site Fator Brasil com adaptações deste blog.