25 de dez. de 2008

Porto de Antonina: A revitalização de um dos portos mais tradicionais do Brasil

Title: Port of Antonina: A new beginning for one of most traditionals brazilians ports.

Tradição - O Porto de Antonina, localizado nos fundos da baía de Paranaguá, foi no final do século 19 e início do século 20, um dos três mais importantes portos do Brasil. Santos e Rio de Janeiro eram os principais, mas o porto paranaense e sua dezena de trapiches de particulares somavam-se ao público onde hoje está localizada uma bela praça com vistas ao mar.


Até o famoso grupo Matarazzo construiu em Antonina um dos primeiros portos privados do país, hoje (desde 1975) uma ruína na mão de uns poucos herdeiros.

Nas vésperas do Natal de 2008 (23), o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Daniel Lúcio Oliveira de Souza, assinou diversos atos administrativos que marcam a revitalização do porto de Antonina.

Recomeço e integração social - Uma ordem de serviço que integra o porto da cidade ao projeto “Porto Solidário”, que prevê o repasse de tarifas para as vítimas da enchente em Santa Catarina. “Usaremos um dos berços do terminal da Ponta do Félix para operação de navios que movimentem mercadorias não poluentes, além das cargas refrigeradas”, explicou o superintendente. Com esta medida, espera-se que a movimentação de cargas no Porto de Antonina aumente nos próximos meses.



A cerimônia, realizada na sede do Porto público Barão de Teffé, contou com a presença de autoridades locais como o prefeito eleito, Carlos Augusto Machado, e o presidente da Câmara de Vereadores, Luiz Carlos de Souza.

Foi assinada também, a Ordem de Serviço que autoriza a execução das obras para a revitalização do antigo trapiche da cidade, que será transformado em um receptivo de turistas. As obras do trapiche começarão no dia 5 de janeiro de 2009, resultado de um convênio entre a Appa e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (SEDU).

A obra está orçada em R$ 472.303,59. “A cidade de Antonina tem uma vocação turística que queremos estimular. O início das obras no trapiche mostra que o esforço feito pelo ex-superintendente Eduardo Requião e o secretário de desenvolvimento, Forte Neto, surtiram efeito. Esta obra é mérito do esforço dos dois”, disse Daniel. “O trapiche tem um valor muito grande para a economia da cidade e além de ser um aparelho turístico importante ele nos impulsionará a estender o projeto de atendimento ao turista, fazendo a revitalização da área localizada nas proximidades do receptivo”, afirmou o prefeito eleito Carlos Augusto Machado.

Segundo o diretor do Porto de Antonina, Paulo M. Rocha Fº, a assinatura dos dois documentos representa uma vitória para todos os cidadãos de Antonina. “Toda a diretoria da Appa nutre um carinho muito grande por Antonina e não estão sendo poupados esforços para trazer o nosso porto de volta aos bons tempos”, disse.

Para o presidente da câmara dos vereadores, a iniciativa da superintendência da Appa traz de volta a esperança à cidade de Antonina. “A assinatura destas ordens de serviço mostra que os interesses da cidade se sobrepõem aos interesses políticos. Tínhamos perdido as esperanças e hoje vimos que elas podem ser reascendidas”, disse Luiz Carlos Souza.

Revitalização do porto – O superintendente da Appa assinou ainda a autorização do projeto para a contratação de empresa que irá fazer a reforma da sede administrativa do Porto de Antonina, que está há 30 anos sem receber melhorias em sua infra-estrutura. “Este novo prédio vai servir de base para os órgãos federais em Antonina, essenciais para agilizar as operações portuárias.

“Antonina entrará com seu porto numa nova era”, disse o superintendente. “Recebemos essas obras como um grande presente do Governo do Estado. Toda a cidade depende da atividade portuária e nós agradecemos essas benfeitorias. Isso nos estimula a assumir a cidade com um novo astral e nada mais importante para o antoninense que ter essas obras anunciadas”, afirmou Machado.

Depois de 30 anos sem receber qualquer tipo de investimento em melhorias, a sede do Porto de Antonina passará por uma reestruturação total. O superintendente da APPA, Daniel Lúcio Oliveira de Souza, autorizou o início do projeto para a contratação de empresa que irá fazer a reforma da sede administrativa do Porto de Antonina. O edital deverá ser lançado em janeiro e a previsão é que a obra esteja concluída em 120 dias. A obra está orçada em R$ 440 mil e será paga integralmente com recursos da Appa.

A reforma do prédio em Antonina seguirá a mesma tendência utilizada na obra feita na sede administrativa do Porto de Paranaguá e inaugurada há cerca de dois anos.

O diretor do Porto de Antonina, Paulo M. Rocha Fº acredita que a obra é um marco no processo de revitalização do terminal. “Com os processos de revitalização do complexo portuário, esperamos ter a receita incrementada em pelo menos 50% nos próximos dois anos” comentou Rocha.

Modernidade - A sede do porto público de Porto de Antonina passará por uma reestruturação total. As áreas elétrica e hidráulica e o sistema de ar condicionado serão substituídos, oferecendo maior conforto aos 20 funcionários que trabalham no local. O prédio, de cerca de 400 m², manterá seus dois pavimentos e, após a reforma, terá condições de abrigar órgãos federais como a Receita Federal e o Ministério da Agricultura. Salas sem divisórias, centrais de trabalho dispostas de forma a integrar os ambientes e espaços mais amplos são algumas das mudanças que ocorrerão no prédio e que evidenciam o conceito de transparência adotada pela administração portuária.

Vocação portuária - Na área do Porto Organizado de Antonina existem dois terminais: o público denominado Barão de Teffé, em homenagem ao ministro da Marinha Imperial, que a mando de Dom Pedro II foi a Antonina fazer estudos oceanográficos para a tomada de decisão de onde se localizaria o futuro porto na Província do Paraná, sendo Antonina o local recomendado pelo Barão, despertando a ira dos Parnanguaras (cidadãos de Paranaguá). Mais tarde, o Imperador desconsiderou os estudos do Barão e decretou Paranaguá como o 'porto oceânico' da nova província, ganhando como homenagem o nome do terminal público de Paranaguá, e a ira dos Capelistas (cidadãos de Antonina).

O outro terminal é o arrendamento privado denominado Ponta do Félix, explorado pela empresa Terminais Portuários da Ponta do Félix S/A., uma joint venture controlada por fundos de pensão. Este terminal é dedicado às operações das cargas frigorificadas e está passando por transformações profundas, em face de intenção dos atuais sócios em ser vendido.
Na ordem de serviço assinada no evento, requisitou em nome do interesse público, um dos dois berços do terminal da Ponta do Félix para operações a serem gerenciadas pela APPA.

Um novo arranjo portuário será promovido nos Portos do Paraná, e Antonina se insere neste contexto, com suas cargas frigorificadas, espaço para cabotagem e um futuro condomínio industrial e de serviços alfandegados.



Texto do autor, baseado no release produzido pela Asscom/APPA.