23 de abr. de 2010

Exportações crescem 13% por Paranaguá e Antonina

Title: Exports increases 13% by Paranaguá and Antonina ports

Em um momento de mudanças governamentais no Brasil e em especial no Paraná, a gestão portuária volta à cena também para uma análise política da administração dos portos de Paranaguá e Antonina.


Afinal, como se analisa uma boa gestão?
- Pelos números e resultados?
- Por pesquisa de opinião pública sobre o gestor?
- Por atuação política da administração no seu entorno comunitário?
- Pela eficiência e produtividade sistêmica do complexo portuário?
- Pela inexistência de gargalos logísticos no porto?

Ou seja, poderemos ter vários parâmetros de medição. Mas um aspecto é certo: os números são objetivos e não nos permitem subjetividade.
Com a melhoria logística do sistema, dragagem do principal canal de acesso em 2009, custos tarifários reduzidos, gestão compartilhada com os vários atores da comunidade de forma a atuar constantemente nos gargalos o resultado aparece.


Operações com contêineres em 2010: crescimento contínuo de 18% no primeiro trimestre.


Vejamos uma avaliação do primeiro trimestre de 2010: 

As exportações pelos portos do Paraná geraram uma receita de mais de US$ 2,8 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que representou um aumento de 13,4% em relação ao mesmo período de 2009, segundo dados da Receita Federal.

Automóveis retomam suas vendas ao exterior em 2010.


Os embarques de produtos congelados, farelos, soja e veículos tiveram, nesta ordem, as maiores participações na receita cambial. Com esse resultado, os Portos de Paranaguá e Antonina responderam por 7,2% da receita das exportações brasileiras.

As cargas congeladas – o que inclui carnes bovina, suína, de aves e produtos processados como embutidos – responderam por 23,8% da receita das exportações pelos portos do Paraná. As mais de 363,9 mil toneladas - cerca de 30% do total exportado pelo País - representaram em valores US$ 672,6 milhões. O maior volume de congelados exportados pelos complexos paranaenses abasteceu os mercados de Hong Kong, Arábia Saudita, Japão, Rússia e Emirados Árabes.


Contêineres "reefers" no TCP: reflexo do crescimento da exportação de carnes congeladas. Paranaguá é em 2010 líder nacional neste tipo de produto e operação.

Os embarques de farelos, que estão tendo desempenho bastante positivo este ano – mais de 1 milhão de toneladas no acumulado do trimestre – ficaram na segunda posição do ranking de participação na receita cambial, com 14,2%, ou o equivalente a US$ 400,1 milhões. Em volume, o crescimento na movimentação de farelos foi de 30% e, em receita, de 45%.

Quase metade das exportações brasileiras de farelos (43,7%) foi feita pelo Porto de Paranaguá e tiveram como principais destinos França, Alemanha, Tailândia, Indonésia e Holanda.

IMPORTAÇÕES - A receita dos produtos que chegaram ao Brasil pelos portos do Paraná, nos três primeiros meses do ano, foi de US$ 1,8 bilhão, correspondendo a 4,7% de tudo que foi importado pelo País.

O crescimento da receita das importações, no primeiro trimestre deste ano, foi de 65% em comparação com igual período de 2009, principalmente, por conta da entrada de máquinas, equipamentos e peças (US$ 543,5 milhões) e de fertilizantes (US$ 373 milhões).

O segmento de maquinários e peças registrou um crescimento de 76,5%, em volume movimentado, e de 25,6%, em receita. A maior parte desses produtos veio da China, França, Alemanha, Japão e Itália.


Automóveis: movimentações tanto na exportação como na importação.


A recuperação das importações de fertilizantes foi ainda mais expressiva. De acordo com levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, houve alta de 347,2%, em volume, e de 172,2%, em valor. Foi importado mais de 1,3 milhão de toneladas. O Porto de Paranaguá respondeu por 52,4% das operações de desembarque de fertilizantes no País.

Os números da Receita Federal mostram, ainda, que, nos portos do Paraná, a corrente de comércio - US$ 4,63 bilhões, que é a soma das exportações e importações - teve um crescimento de 29% no primeiro trimestre de 2010.
Portos públicos brasileiros: Paranaguá/Antonina teve maior crescimento no primeiro trimestre 2010.

Os complexos portuários paranaenses responderam por 6% da corrente de comércio brasileira. O desempenho foi semelhante ao do primeiro trimestre de 2009, enquanto outros portos como os de Santos e Vitória ficaram abaixo da média nacional e reduziram suas participações na corrente de comércio do País.