9 de mai. de 2011

PROJETO DA DRAGA PRÓPRIA: DEVE-SE ANALISAR SEM POLITIZAÇÃO

Exatamente há dois anos, a comunidade Portuária de Paranaguá e Antonina celebravam aquilo que seria a redenção da dragagem nos portos do Paraná, a aquisição de uma draga própria, conforme o Governador do Estado determinava em Janeiro de 2009.

O presidente à época do CAP - Conselho de Autoridade Portuária de Paranaguá, Dr. Martinho Cândido dos Santos apoiava o projeto draga da APPA. Profissional com larga experiência em obras públicas, como ex-diretor do DNIT e atualmente coordenador de vários projetos na SEP - Secretaria Especial de Portos.

Na matéria publicada pela APPA há dois anos (http://www.appa.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=327&tit=Presidente-do-Conselho-de-Autoridade-Portuaria-apoia-compra-de-draga-pela-Appa),  Martinho falava um pouco das experiências brasileiras com dragas, desde a extinta empresa estatual CBD - Cia. Brasileira de Dragagem e da PORTOBRAS.

A questão do custo por metro cúbico dragado que poderia reduzir-se à cerca de R$ 4,17 contra os atuais R$ 22,00 pagos em janeiro de 2011, era outra vantagem da draga própria, além do fim da dependência e autonomia total. O tema "falta de dragagem" seria coisa do passado.

Mas , infelizmente a politização por pura e simples oposição ao governo Requião frustrou a conclusão do projeto.

Vamos à matéria:
O presidente do CAP Dr. Martinho Cândido, ladeado (esq.) pelo secretário-executivo Vítor Bernardi (Maio 2009).


A iniciativa do governo do Estado e da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) de adquirir uma draga própria para conquistar sua autonomia operacional em relação aos serviços de dragagem de manutenção dos canais de acesso aos terminais ganhou um apoio importante esta semana. O presidente do Conselho de Autoridade Portuária (CAP), Martinho Cândido Velloso dos Santos, manifestou sua aprovação ao projeto “Draga Paraná”, apresentado pela Appa, durante reunião do colegiado. Ele acredita que a proposta paranaense poderá servir de exemplo para outros portos brasileiros.
Santos lembrou que a extinta Portobras – Empresa Brasileira de Portos, na qual trabalhou como engenheiro, teve que adotar projeto semelhante, em relação às dragagens fluviais na região da Amazônia. “Apesar de não ter participado da composição desse plano, nós nos defrontamos com esse mesmo problema, no início da década de 90, e essa estratégia (de comprar uma draga) foi a ‘tábua de salvação’ para garantir, pelo menos, a manutenção das dragagens fluviais no Brasil, senão, nós nem isso teríamos feito”, relatou Santos, que, atualmente, é assessor técnico da Secretaria Especial dos Portos (SEP).

Reunião do CAP (maio 2009) em que a compra da draga teve apoio da comunidade portuária.
Para o especialista em engenharia aquaviária, o projeto Draga Paraná, apesar de audacioso, na forma como que foi elaborado, está muito bem cercado de garantias no que diz respeito à segurança contratual, à execução dos serviços e, também, em relação ao aspecto ambiental. “Acho que é um ato corajoso da administração do porto e do governo do Estado, mas um ato necessário”, acrescentou Santos.

Representantes do bloco dos usuários do serviço portuário no CAP, também, comemoraram a iniciativa, pois veem no projeto Draga Paraná a oportunidade dos portos de Paranaguá e Antonina se tornarem referência no País e ganharem um importante diferencial competitivo. “Eu apóio o projeto de aquisição da draga, pois dessa forma o Porto de Paranaguá vai mudar a sua história e poderá se tornar um dos maiores portos exportadores de grãos do mundo”, defendeu o presidente do Sindicato de Exportação e Importação do Paraná (Sindiexpar), Zulfiro Antônio Bósio.
Em Dezembro de 2009, o Dr. Martinho Cândido viajou à China, fazendo parte da comitiva que inspecionou as duas dragas concorrentes na licitação pública. Deixou a presidencia do CAP/Paranaguá em Março de 2010, e Daniel Lúcio de Souza deixou a Superintendência da APPA em Abril 2010. 

Comitiva de inspeção (dez.2009) em viagem à China. 
Draga vencedora da trading SAWA (representante no Brasil Global Connection).

 Draga desclassificada por à época estar ainda em construção no estaleiro ZHEJIANG SHIPYARD (Lin Hai, China. Representada no Brasil pela Interfabric).