Hoje (quarta-feira, 23) compareci à Assembléia Legislativa do Estado do Paraná para depor na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre os Portos de Paranaguá e Antonina na qualidade de testemunha. Voltarei semana que vem, pois o tempo foi curto para discutirmos tantos temas importantes. Convidaram-me elegantemente e eu concordei.
Sob a presidência do deputado Douglas Fabrício, pude enfim desabafar muita coisa que estava entalada na garganta desde janeiro deste ano. Quase um ano lendo e vendo na grande mídia uma coletânea de desinformações, inverdades, mentiras e ilações equivocadas que se basearam em premissas falsas.
Na saída uma repórter me perguntou: “Podemos falar sobre o superfaturamento da draga?”. Olhei pra ela e perguntei de onde inventava tais adjetivos e coisas que sequer foram mencionadas na CPI e inexistem?
Ela sem jeito deu de ombros e respondeu: “Mas eles falaram que a empresa que ganhou tinha um preço maior que a outra empresa desclassificada...”.
A empresa que deu preço menor não atendeu as exigências do edital de licitação, não tinha a draga para a pronta entrega e por isso a comissão a desclassificou. Simples assim!
Fico pensando como é fácil distorcer e criar adjetivos maliciosos que destroem a carreira de alguém. Não ponho a culpa na “mocinha”, mas na pressa midiática da linha de produção da notícia para consumo imediato... e mentirosa muitas vezes.
Abordamos vários temas, que nesta postagem prometida ao Correio do Litoral, abordarei tópicos desta primeira parte:
Ficou claro que o noticiário que me apontava como responsável por “desvios de grãos” do porto é falso. Sequer a justiça citou meu nome nesse caso, mas a mídia... ah! Essa me escrachou. A APPA é responsável pelo silo público de grãos, o famoso e conhecido “silão” que sequer foi acusado destes ilícitos. O acusado é um terminal privado, sem nenhuma participação do gestor público. Até comentei que seis pessoas da empresa particular haviam sido presas, mas por que será que “eu” é que fui escolhido pelo noticiário? É pra pensar.
Falamos dos terminais públicos de álcool, fertilizantes, “silão” e pátio de automóveis. Explicamos que na minha gestão embarcamos e operamos navios de álcool, mas que por uma falha de um operador privado, deixou vazar álcool no ato de descarga de um comboio de trens dentro do terminal. Não houve falha estrutura do terminal em si cuja paralisação atual desconheço as causas.
Mostrei que as tais ‘fraudes em licitações’ não passam de peças ficcionais de quem cunhou estes adjetivos baseados em grampos telefônicos ilegais totalmente fora de contexto com a realidade.
Quanto ao terminal de fertilizantes, ficou claro que as interligações deste com os demais armazéns de operadores de retroárea foi feita dentro da legalidade da lei das licitações, tornando público e possível a interligação para que, em conjunto, as empresas habilitadas cumprissem as exigências legais e ambientais para seu funcionamento.
Explicamos a inexistência de qualquer pagamento ou contratação de empresa privada para estudos ambientais.
Dei minha opinião que a APPA deve ser extinta e substituída por uma empresa estadual de economia mista, aos moldes da Copel e Sanepar, como já escrevi aqui no Correio do Litoral há meses.
Informei que a APPA me sonega documentos pedidos há muitos meses, os quais demonstram a lisura dos meus atos à frente da administração portuária do Paraná.
Falei da lisura do processo de compra da draga e que não entendi porque a APPA não recorreu da decisão judicial de primeiro grau. Hoje as multinacionais de dragagem cobram no mínimo três vezes mais do que se tivéssemos um equipamento próprio. Disse que países desenvolvidos têm dragas próprias.
Pude dialogar com os senhores deputados sobre a lisura de nossa gestão e ajudamos a desmistificar vários temas obscuros e mentirosos que veiculavam por aí.
Saí da reunião da CPI satisfeito com a cordial recepção e tratamento que seus membros me dispensaram, além de conversar com a imprensa que me esperava. Dei um ‘puxão de orelha’ em alguns, (muitos já meus ‘velhos’ conhecidos de tempos de APPA), de que eles deveriam ter mais cuidado nas veiculações de notícias que podem ser distorcidas e prejudicar a honra das pessoas.
Mas a cordialidade foi a tônica e me senti mais aliviado em puder trazer a verdade aos fatos que tanto mal tem causado a mim, minha família e meus amigos.
Lembrei-me do Salmo 26 de Davi que diz: “Faze-me justiça Senhor, pois tenho andado na minha integridade e confio no senhor sem vacilar.”
Publicado simultâneamente com a coluna "Minha Opinião" que escrevo no jornal eletrônico Correio do Litoral (Guaratuba-PR).
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Sob a presidência do deputado Douglas Fabrício, pude enfim desabafar muita coisa que estava entalada na garganta desde janeiro deste ano. Quase um ano lendo e vendo na grande mídia uma coletânea de desinformações, inverdades, mentiras e ilações equivocadas que se basearam em premissas falsas.
Na saída uma repórter me perguntou: “Podemos falar sobre o superfaturamento da draga?”. Olhei pra ela e perguntei de onde inventava tais adjetivos e coisas que sequer foram mencionadas na CPI e inexistem?
Ela sem jeito deu de ombros e respondeu: “Mas eles falaram que a empresa que ganhou tinha um preço maior que a outra empresa desclassificada...”.
A empresa que deu preço menor não atendeu as exigências do edital de licitação, não tinha a draga para a pronta entrega e por isso a comissão a desclassificou. Simples assim!
Fico pensando como é fácil distorcer e criar adjetivos maliciosos que destroem a carreira de alguém. Não ponho a culpa na “mocinha”, mas na pressa midiática da linha de produção da notícia para consumo imediato... e mentirosa muitas vezes.
Abordamos vários temas, que nesta postagem prometida ao Correio do Litoral, abordarei tópicos desta primeira parte:
Ficou claro que o noticiário que me apontava como responsável por “desvios de grãos” do porto é falso. Sequer a justiça citou meu nome nesse caso, mas a mídia... ah! Essa me escrachou. A APPA é responsável pelo silo público de grãos, o famoso e conhecido “silão” que sequer foi acusado destes ilícitos. O acusado é um terminal privado, sem nenhuma participação do gestor público. Até comentei que seis pessoas da empresa particular haviam sido presas, mas por que será que “eu” é que fui escolhido pelo noticiário? É pra pensar.
Falamos dos terminais públicos de álcool, fertilizantes, “silão” e pátio de automóveis. Explicamos que na minha gestão embarcamos e operamos navios de álcool, mas que por uma falha de um operador privado, deixou vazar álcool no ato de descarga de um comboio de trens dentro do terminal. Não houve falha estrutura do terminal em si cuja paralisação atual desconheço as causas.
Mostrei que as tais ‘fraudes em licitações’ não passam de peças ficcionais de quem cunhou estes adjetivos baseados em grampos telefônicos ilegais totalmente fora de contexto com a realidade.
Quanto ao terminal de fertilizantes, ficou claro que as interligações deste com os demais armazéns de operadores de retroárea foi feita dentro da legalidade da lei das licitações, tornando público e possível a interligação para que, em conjunto, as empresas habilitadas cumprissem as exigências legais e ambientais para seu funcionamento.
Explicamos a inexistência de qualquer pagamento ou contratação de empresa privada para estudos ambientais.
Dei minha opinião que a APPA deve ser extinta e substituída por uma empresa estadual de economia mista, aos moldes da Copel e Sanepar, como já escrevi aqui no Correio do Litoral há meses.
Informei que a APPA me sonega documentos pedidos há muitos meses, os quais demonstram a lisura dos meus atos à frente da administração portuária do Paraná.
Falei da lisura do processo de compra da draga e que não entendi porque a APPA não recorreu da decisão judicial de primeiro grau. Hoje as multinacionais de dragagem cobram no mínimo três vezes mais do que se tivéssemos um equipamento próprio. Disse que países desenvolvidos têm dragas próprias.
Pude dialogar com os senhores deputados sobre a lisura de nossa gestão e ajudamos a desmistificar vários temas obscuros e mentirosos que veiculavam por aí.
Saí da reunião da CPI satisfeito com a cordial recepção e tratamento que seus membros me dispensaram, além de conversar com a imprensa que me esperava. Dei um ‘puxão de orelha’ em alguns, (muitos já meus ‘velhos’ conhecidos de tempos de APPA), de que eles deveriam ter mais cuidado nas veiculações de notícias que podem ser distorcidas e prejudicar a honra das pessoas.
Mas a cordialidade foi a tônica e me senti mais aliviado em puder trazer a verdade aos fatos que tanto mal tem causado a mim, minha família e meus amigos.
Lembrei-me do Salmo 26 de Davi que diz: “Faze-me justiça Senhor, pois tenho andado na minha integridade e confio no senhor sem vacilar.”
Publicado simultâneamente com a coluna "Minha Opinião" que escrevo no jornal eletrônico Correio do Litoral (Guaratuba-PR).
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