3 de jul. de 2010

Portos de Paranaguá e Antonina autorizados a receber navios de 301 metros

Title: Ports of Paranagua and Antonina authorized to receive 301 meters LOA ships.

Depois de 11 anos, os Porto de Paranaguá e Antonina estão autorizados a receber navios com até 301 metros de comprimento e 40 metros de largura (Antonina ainda sofre com a limitação da profundidade do canal). 

Até então, a norma de navegação vigente só permitia a entrada de navios com no máximo 285 metros de comprimento.

Navios contêineiros são os principais demandantes de comprimentos autorizadospela Marinha para operar em Paranaguá. Vitória fruto da gestão de Daniel Lúcio que focou-se intensamente no tema com a comunidade portuária desde 2009 e encaminhou o pedido autorizatório à Marinha do Brasil em Março 2010.

Graças ao trabalho iniciado em 2009 pelo ex-superintendente Daniel Lúcio O. de Souza e seu então assessor para assuntos marítimos Tenente (Reserva da MB) Jessé Beserra da Silva,
em atendimento aos debates no CAP - Conselho de Autoridade Portuária, capitaneados do diretor do TCP - Terminal de Contêineres de Paranaguá Juarez Moraes e Silva.

As embarcações chamadas de Pós Panamax, devido a seu tamanho ultrapassar o limite das comportas do Canal do Panamá, são consideradas de grande porte e permitem diminuir custos de frete e aumentar a quantidade de carga transportada.

A liberação foi motivada pelas gestões que o ex-superintendente Daniel Lúcio de Souza vinha fazendo sobre este tema, em conjunto com armadores como a Hamburg Sud e a CSAV, que culminou na portaria publicada pela Capitania dos Portos do Paraná.

Estudos, simulações reais que haviam sido realizadas pelos dois armadores na gestão de Daniel Lúcio, que estava muito focado neste tema, antes de sair da superintendência da APPA, havia encaminhado à autoridade marítima dos portos do Paraná o pedido de alteração da limitação de comprimento de navios que era de 285 metros desde 1999.

De acordo com o capitão dos portos do Paraná, Marcos Antônio Nóbrega Rios, “a dragagem realizada no ano passado foi importante para possibilitar a atracação de embarcações maiores, assim como a implantação e manutenção de melhorias e normas de segurança exigidas pela Marinha do Brasil”.

Capitão dos Portos CMG Rios: Para ele, a dragagem de 2009 foi fundamental para esse up-grade do porto de Paranaguá.

Não esqueçamos que a dragagem do Canal da Galheta em 2009 foi resultado do esforço gigantesco do ex-superintendente da APPA à época Daniel Lúcio de Souza, após cinco anos sem dragagem, a última foi em 2004.

Contou à época com apoio da comunidade portuária, associação comercial, poderes municiapis e a decisão firme do Governo do Estado, pois a gravidade da situação colocava o porto à beira do colapso no final de 2009.
As vantagens de poder receber navios de grande porte são destacadas pelo diretor-superintendente do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), Juarez Moraes e Silva. “Teremos uma maior oferta de carga reefer (congelados) já que estes navios são maios modernos. Além disso, a decisão mantém Paranaguá como um porto estratégico para a América Latina”, avaliou.

O diretor do TCP Juarez Moraes e Silva junto com o ex-superintendente Daniel Lúcio foram fundamentais nesta conquista.

“Este ganho de escala permitirá redução dos custos logísticos como um todo, a ser refletido em toda a cadeia de suprimentos. A expectativa é de que os navios seguirão crescendo, demandando para 2011 portos estruturados para receber embarcações acima de 330 metros de cumprimento. O desafio será realizar investimentos na expansão dos berços existentes, em equipamentos de última geração e principalmente em dragagem, para calado acima de 14 metros”, adianta Silva.

Competitividade - Segundo o atual superintendente da APPA, a medida deve garantir maior competitividade ao terminal paranaense e atrair novos usuários. “Os navios Pós-Panamax são resultado da modernização do comércio internacional e o Porto de Paranaguá, como um dos mais importantes do Brasil, acompanha esta evolução. Com a movimentação de grandes volumes de carga nossas operações ficam mais dinâmicas e lucrativas para exportadores e importadores”, explicou.

O porto de Paranaguá recebeu em junho último o navio Cap Scott, com 295 metros de comprimento, 32 metros de largura e capacidade para 5.047 unidades de contêineres. A embarcação, a maior já atracada nos portos do Paraná, está programada para voltar a operar no porto.

Para Daniel Lúcio, os esforços feitos em infraestrutura marítima desde que assumiu a superintendência em 2008, mostram hoje os resultados, o que prova que gestão portuária se faz olhando pro médio e longo prazo de forma técnica e despolitizada.

Fontes: site oficial da APPA e comentários do autor deste blog.